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Mitos e Verdades sobre o Câncer de Pulmão

Clínica CDRA • 21 de janeiro de 2020

O câncer de pulmão é um tumor maligno que surge em um dos pulmões. Ele ocorre quando, após exposição aos fatores de risco, uma célula normal passa por uma mutação em um gene específico relacionado à multiplicação celular. Este aumento descontrolado das células leva à formação de um conglomerado, que é o câncer.  

Dentre todos os tipos de câncer, o pulmonar é o segundo mais comum entre homens e mulheres no Brasil . Perdendo, somente, para o câncer de pele não melanoma.

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (Inca), surgem mais de 31 mil novos casos da doença por ano. Além disso, somente em 2017, foram quase 28 mil vítimas fatais devido ao câncer de pulmão.

Apesar da sua grande prevalência, ainda existem muitos mitos sobre a doença. Neste artigo, esclarecemos os principais para você. Continue a leitura e confira!

6 mitos sobre o câncer de pulmão

1 – Somente fumantes podem adquirir câncer de pulmão

O cigarro é, de longe, o fator de risco que mais influencia no surgimento do câncer de pulmão. Porém, ele não é o único causador. Estima-se que de 10% a 15% dos casos ocorrem em não-fumantes.

Além disso, fumantes passivos também devem ficar atentos. Eles possuem 25% de chances a mais de desenvolver câncer de pulmão do que aqueles que não se expõe à fumaça de cigarro.

2 – O câncer de pulmão não tem cura

Se diagnosticado precocemente , o câncer de pulmão tem chances de cura. O problema é que o mais comum é que seja descoberto em fase avançada, devido à ausência de sintomas específicos – dificultando, assim, a sua total eliminação. 

De qualquer forma, atualmente, existem diversos tratamentos que oferecem resultados satisfatórios. 

A escolha depende do tipo histológico e do estágio da doença. São eles:

Cirurgia

Consiste na retirada do tumor e remoção dos linfonodos próximos ao órgão. É recomendado para pacientes sem metástases , ou seja, em que o câncer se encontra somente no pulmão, não se espalhando para outros locais.

Quimioterapia

Visa destruir as células cancerígenas , bem como conter o crescimento do tumor e amenizar os sintomas. Pode ser utilizada isoladamente em associação a radioterapia ou como complemento da cirurgia, a fim de garantir que a doença não irá voltar. 

Radioterapia

Também tem como objetivo destruir as células cancerígenas, porém utiliza a radiação . Pode ser recomendada  em associação à quimioterapia ou mais raramente antes ou depois da cirurgia e também costuma ocasionar diversos efeitos colaterais, como pneumonite e esofagite.

Terapia-alvo

Uma forma especial de quimioterapia que é guiada através de características genéticas específicas por isso não se aplica a todos os casos.  Diversos fármacos de uso oral, já estão disponíveis. Esse tratamento ainda é recente e muitas das medicações  estão passando por estudos de eficácia.

Imunoterapia 

Consiste no uso drogas que ativam o próprio sistema imunológico do paciente que se encontra alterado pelo tumor para combater as células cancerígenas. Sua indicação e eficácia dependem do estadiamento do tumor e de características biológicas avaliadas pela biópsia. 

3 – Após o diagnóstico da doença, não é necessário parar de fumar

Continuar fumando pode diminuir a eficácia do tratamento e ainda piorar seus efeitos colaterais. Fumantes que são submetidos à cirurgia, por exemplo, podem ter problemas de cicatrização.

Além disso, ao largar o vício, reduz-se o risco de desenvolver um segundo câncer no futuro. Portanto, parar de fumar deve ser visto como prioridade.

4 – Todos os sintomas do câncer de pulmão são iguais

Os sintomas relacionados ao câncer de pulmão diferem de acordo com a localização do tumor no órgão. Porém, os sintomas mais comuns são:

  • Tosse, geralmente seca, que persiste por mais de três semanas;
  • Dispnéia (falta de ar) que pode surgir em situações de esforço, ao realizar atividades consideradas habituais, como tomar banho, ou mesmo em repouso;
  • Dor torácica contínua, podendo ou não estar relacionada com a posição e os movimentos respiratórios;
  • Pneumonia mal curada ou de repetição;
  • Rouquidão por mais de uma semana;
  • Inchaço na face ou no pescoço;
  • Tosse acompanhada de sangue no escarro;
  • Perda de apetite;
  • Dificuldade para engolir;
  • Perda de peso repentina;
  • Dor nas articulações e/ou nos ossos;
  • Cansaço e desânimo;
  • Náusea e vômitos.

5 – O câncer de pulmão só pode ser tratado com quimioterapia

A quimioterapia não é o único tratamento disponível para a doença. Para definir a terapia mais adequada, é importante averiguar detalhadamente o tipo de câncer de pulmão. Além disso, é essencial definir o estágio em que a doença se encontra, o histórico médico, entre outras informações a respeito do paciente.

Somente após essa análise minuciosa é que o médico consegue usar o tratamento que oferece mais chances de sucesso. Inclusive, ele poderá recomendar aliar mais de uma terapia.

6 – Fumar é o único fator de risco para o desenvolvimento do câncer de pulmão

O cigarro é sim o principal causador do câncer de pulmão, porém outros fatores também estão relacionados à doença. Outros fatores de risco comuns para o surgimento da doença são:

  • Fatores genéticos;
  • Histórico familiar da doença;
  • Exposição à poluição do ar;
  • Infecções pulmonares de repetição;
  • Doença pulmonar obstrutiva crônica;
  • Idade avançada (entre 50 e 70 anos);
  • Exposição ocupacional a agentes químicos ou físicos, como radônio arsênio, cromo, sílica, cádmio e asbesto.

Previna-se!

A principal forma de prevenir o câncer de pulmão é evitando o tabagismo . Isso não quer dizer que quem já fumou não tem mais escapatória. Na verdade, após 10 anos longe do cigarro, os riscos de desenvolver a doença reduzem em até 50%.

Praticar atividades físicas regularmente também é benéfico. Isso porque o exercício melhora a função pulmonar e fortalece a musculatura como um todo.

Manter-se longe dos elementos químicos considerados de risco ou expor-se a eles com a proteção adequada também é essencial. Assim como adotar uma vida o mais saudável possível. 

E se, mesmo assim, a pessoa desenvolver o câncer de pulmão, o mais importante é buscar auxílio médico para esclarecer todas as dúvidas sobre a doença. E, principalmente, realizar o tratamento adequado para conter o seu avanço e minimizar os sintomas.

A CDRA conta com profissionais especializados em doenças respiratórias. Agende uma consulta agora mesmo e avalie a saúde do seu pulmão!

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