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Tratamento para Pneumonia: a importância do diagnóstico correto

dez. 05, 2019

De acordo com o Ministério da Saúde, a pneumonia é a principal causa de morte em crianças pequenas no Brasil e mais de 80% dos óbitos por pneumonia são de pessoas idosas. Isso faz com que o diagnóstico correto seja primordial no tratamento para pneumonia.

Para que você entenda como a doença funciona, nós reunimos neste conteúdo:

  • o que é pneumonia;
  • principais meios de contágio;
  • a importância do diagnóstico;
  • como a doença atinge diferentes idades;
  • como é feito o diagnóstico;
  • qual é o tratamento.

Continue a leitura para conferir!

O que é pneumonia?

Trata-se de uma doença respiratória que afeta o parênquima pulmonar. A pneumonia é causada por agentes infecciosos.

Saiba mais sobre os principais tipos de pneumonia.

Quais são as causas?

Em geral, agentes infecciosos são os causadores da doença, como vírus e bactérias. Apesar de ser menos frequente, a pneumonia também pode ser causada por fungos e parasitas.

Pneumonia é contagiosa?

As pneumonias virais costumam ser altamente contagiosas. Já as pneumonias bacterianas não oferecem risco de contágio.

Como somos infectados?

A infecção acontece devido a uma conjunção de fatores. São eles:

  • inalação do agente infeccioso;
  • redução nas defesas naturais do organismo — por alterações anatômicas, viroses, medicações ou doenças graves;
  • desregulação da flora normal do organismo.
  • Há casos em que a infecção pode ocorrer tanto pela aspiração de conteúdo alimentar, quanto pela infiltração do agente para a corrente sanguínea.

Qual a importância de um diagnóstico correto?

Um tratamento para pneumonia exige que um diagnóstico acurado seja feito, em especial pelo fato de que outras situações graves podem ser semelhantes à doença, como tuberculose, embolia pulmonar, doenças autoimunes e até alguns tipos de câncer.

Além disso, o diagnóstico correto evita que graves complicações ocorram, como a necrose pulmonar, infecção da pleura (empiema), infecção generalizada (sepse) e até mesmo o óbito do paciente.

Por que um bom tratamento para pneumonia é o principal aliado no combate dessa condição?

O tratamento adequado pode curar completamente a doença, assim como evitar a possibilidade de que ocorram as complicações graves que citamos no tópico anterior.

Como ela afeta diferentes faixas de idade? 

Da mesma forma como ocorre com qualquer doença infecciosa, a pneumonia pode afetar pacientes de todas as idades, contanto que ocorra uma conjunção de fatores, como:

  • redução nas defesas naturais do organismo;
  • inalação do agente infeccioso;
  • desregulação da flora normal do organismo.
  • Quais os riscos para idosos? E para pacientes com baixa imunidade?
  • Geralmente, as pneumonias são mais graves em pacientes idosos e com baixa imunidade. Isso acontece por conta da dificuldade que o organismo tem em combater as agressões causadas pelos agentes infecciosos da maneira adequada.

Sendo assim, é muito mais comum que nesse grupo de pacientes ocorram complicações como necrose pulmonar, empiema, sepse e óbito.

Quando a pneumonia é um grande risco a saúde do paciente?

A pneumonia representa um grande risco quando a doença é grave o suficiente para desencadear uma resposta inflamatória do organismo de forma descontrolada e intensa. Isso causa um aumento intenso da frequência cardíaca, queda da pressão arterial, redução da oxigenação e acometimento de outros órgãos, como fígado e rins. Ou seja, o quadro do paciente torna-se muito mais grave.

Quais são os sintomas? E eles são os mesmos em crianças, adultos e idosos?

Os sintomas mais comuns de uma pneumonia são:
  • tosse;
  • dor no peito;
  • falta de ar;
  • febre.
Em crianças pequenas pode ser mais difícil especificar o quadro, mas geralmente esses pacientes tendem a ter muita sonolência, redução na atividade normal e choro intenso desmotivado. Já em idosos, os sintomas mais frequentes são sonolência ou agitação e confusão mental.
Quando saber a hora certa de buscar ajuda médica?
Quando o indivíduo perceber qualquer sintoma de maior gravidade, como:

  • falta de ar;
  • queda de pressão;
  • sonolência;
  • febre alta persistente;
  • confusão mental.
Esses sintomas indicam a necessidade de um atendimento médico urgente. Mas, de maneira geral, é bom procurar atendimento sempre que houver alguma dúvida.

Como é feito o diagnóstico de pneumonia? O raio-X é o mais importante?
O diagnóstico é realizado por meio de uma junção de sintomas clínicos, além de exame físico, exame de sangue e uma radiografia do tórax do paciente. 

O histórico clínico ajuda a constatar, mas o raio-X e exames laboratoriais são os exames mais importantes para a confirmação da doença, embora a tomografia do tórax também seja um exame amplamente utilizado em casos de dúvidas diagnósticas.

A pessoa que é diagnosticada com pneumonia deve ser internada?
Depende do caso. Por exemplo, em pacientes jovens, que: (1) apresentam quadro leve, (2) não tenham um histórico de doença, (3) não estejam demonstrando possibilidades de que ocorra uma sepse (infecção generalizada) e (4) nenhum outro órgão esteja sendo acometido; o tratamento para pneumonia pode ser feito via oral com comprimidos.

Enquanto no caso de pacientes mais idosos, com: (1) outras doenças associadas (doença pulmonar prévia, câncer, doença cardíaca), que (2) apresentem sinais de infecção generalizada ou em que (3) a pneumonia esteja tão grave que esteja acometendo outros órgãos (rins, fígado, sistema nervoso central, etc); o tratamento deve ser realizado por meio de internação.

Quais as possíveis complicações após uma pneumonia?
Em geral, quando o tratamento para pneumonia é realizado de forma adequada, é muito difícil que ocorram complicações.

Em casos mais graves, a principal alteração é uma lesão pulmonar crônica sequelar, conhecida como bronquiectasia, que consiste na dilatação do brônquio na qual ocorre o acúmulo de secreções, podendo resultar em uma infecção. Trata-se de um quadro incomum, mas possível acontecer.

Quais os remédios e tratamentos mais comuns?
Os remédios mais comumente utilizados no tratamento para pneumonia são antibióticos e em alguns casos antivirais.

Os antibióticos são, em sua maioria, administrados por via oral, embora hajam alguns que são aplicados por via intravenosa. 

Qual o tempo de tratamento? E de recuperação?
O tratamento para pneumonia pode variar de 5 a 14 dias. No entanto, alguns casos leves podem durar três dias, da mesma forma como casos mais graves podem exigir meses de tratamento.

O tempo de recuperação dos sintomas pode variar bastante. Por exemplo, a tosse e a febre costumam desaparecer em 48 horas. A tosse pode melhorar em cinco a sete dias, ou até duas a três semanas, em casos mais severos.

Do ponto de vista da tomografia, pode levar até um mês para que os sinais de pneumonia desapareçam completamente dos pulmões.

Conclusão
Como você pôde contemplar neste artigo, para garantir um tratamento para pneumonia adequado e eficaz, é muito importante que a doença seja diagnosticada com precisão. Para isso, é necessário procurar um médico assim que o paciente notar os sintomas.

Esse conteúdo foi útil para você? Ainda tem alguma dúvida sobre como tratar ou diagnosticar a pneumonia? Então entre em contato com a gente para se informar melhor sobre o assunto!
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A pneumonia é uma infecção respiratória comum que pode afetar pessoas de todas as idades, mas pode ser particularmente grave em crianças pequenas, idosos e indivíduos com doenças crônicas ou imunossuprimidos. Uma das principais causas de pneumonia é uma bactéria chamada Streptococcus pneumoniae , também conhecida como pneumococo. Felizmente, existe uma forma eficaz de prevenir essa infecção: a vacina contra pneumonia , também conhecida como vacina anti-pneumocócica. Indicação e Benefícios: A vacina contra pneumonia é recomendada para uma variedade de grupos de pessoas, incluindo crianças, adultos mais velhos e indivíduos com certas condições médicas que os tornam mais suscetíveis a infecções respiratórias. Entre os grupos prioritários estão: 1. Crianças: A vacinação contra pneumonia é uma parte essencial do calendário de vacinação infantil. Ela protege as crianças contra doenças graves, como pneumonia, meningite e sepse causadas pelo pneumococo. 2. Indivíduos acima de 60 anos: À medida que envelhecemos, nosso sistema imunológico pode enfraquecer, tornando-nos mais suscetíveis a infecções. A vacina contra pneumonia é altamente recomendada para indivíduos acima de 60 anos para ajudar a prevenir casos graves de pneumonia e suas complicações. 3. Pessoas com Condições de Saúde Crônicas: Indivíduos com condições médicas subjacentes, como diabetes, doenças cardíacas ou pulmonares, têm um risco aumentado de desenvolver pneumonia e suas consequências. Para essas pessoas, a vacinação é uma medida importante para reduzir o risco de complicações relacionadas à pneumonia. 4. Imunocomprometidos: Pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos devido a doenças como HIV/AIDS, câncer ou tratamentos imunossupressores têm um risco aumentado de infecções bacterianas, incluindo pneumonia. A vacinação é fundamental para proteger esses indivíduos contra doenças graves. Os benefícios da vacina contra pneumonia são significativo s. Ela não apenas reduz o risco de contrair pneumonia causada pelo pneumococo, mas também pode prevenir complicações graves, como hospitalização, danos nos pulmões e até mesmo morte. Tipos de Vacina Disponíveis: Existem dois tipos principais de vacinas contra pneumonia disponíveis no mercado:  1. Vacina Pneumocócica Conjugada (VPC13): Esta vacina é geralmente administrada a crianças pequenas como parte do calendário de vacinação infantil. Também é recomendada para adultos mais velhos e indivíduos com condições médicas específicas. A VPC13 protege contra 13 tipos diferentes de pneumococos. 2. Vacina Pneumocócica Polissacarídica (VPP23): Esta vacina é recomendada para adultos mais velhos e pessoas com condições médicas crônicas. Ela oferece proteção contra 23 tipos de pneumococos. Geralmente, é administrada em uma dose única, embora em alguns casos uma dose de reforço possa ser recomendada após 5 anos. Ambas as vacinas são seguras e eficazes, e geralmente bem toleradas. Os efeitos colaterais são geralmente leves e temporários, como vermelhidão ou dor no local da injeção, febre leve ou sensação de mal-estar geral. É importante discutir com seu médico qualquer preocupação sobre a vacinação contra pneumonia, especialmente se você tiver alergias a componentes da vacina ou se estiver grávida. Mais recentemente, novas opções de vacinas conjugadas estão entrando no mercado . A vantagem das vacinas conjugadas em relação à polissacarídica é que elas promovem uma maior resposta imune, mantendo os níveis de proteção contra o pneumococo mais duradoura. Já está disponível uma opção de vacina conjugada que contempla 15 sorotipos do pneumococo e ainda este ano teremos o lançamento de uma nova opção cobrindo 20 sorotipos. Conclusão Em suma, a vacina contra pneumonia é uma ferramenta vital na prevenção de infecções respiratórias graves causadas pelo pneumococo. Ela é recomendada para uma variedade de grupos de pessoas, incluindo crianças, adultos mais velhos e indivíduos com condições médicas subjacentes. Ao receber a vacina, você não apenas protege a si mesmo, mas também ajuda a proteger aqueles ao seu redor , reduzindo a propagação de doenças infecciosas. Não hesite em conversar com seu médico sobre a vacina contra pneumonia e como ela pode beneficiar você e sua família. Lembre-se, prevenir é sempre melhor do que remediar quando se trata de saúde respiratória. Continue acompanhando o nosso blog . Por Dr Rodrigo Athanazio Responsável Técnico: Dr. Rodrigo Abensur Athanazio CRM 122658 | RQE 42009 e 42010
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