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Asma grave e suas complicações

Clínica CDRA • abr. 09, 2019

Por causa da semelhança dos sintomas é muito comum que pessoas confundam asma e bronquite . Asma é uma inflamação crônica (geralmente alérgica) que leva ao estreitamento dos canais que levam ar aos pulmões, mais conhecidos como brônquios. Essa inflamação irrita os brônquios, levando a episódios de broncoespasmos (contração das vias aéreas) e levando a uma dificuldade para passagem do ar e respiração mais difícil com tosse e chiado no peito.

Já a bronquite, apesar de também causar dificuldades para respirar e tosse, tem diferenças pontuais em relação aos motivos que podem desencadeá-la no paciente. Ea pode ser aguda quando decorrente de uma infecção viral por exemplo ou crônica quando decorrente por exemplo do tabagismo.

Como a asma grave é extremamente nociva e pode acometer pessoas de qualquer idade, neste artigo mostraremos uma série de informações úteis sobre o assunto.

Acompanhe a leitura do conteúdo para saber mais!

Quais as diferenças entre asma e bronquite?

É normal nos depararmos com pessoas que chamam asma de bronquite, como se os termos se tratassem de sinônimos. Da mesma forma, termos como bronquite alérgica e bronquite asmática também são muito utilizados para descrever quadros clínicos que, na verdade, são asma.

Bronquite crônica, bronquite aguda e asma brônquica são três doenças distintas que apresentam fisiopatologias e tratamentos completamente diferentes, mas que podem provocar sintomas e sinais muito semelhantes.

Asma

A asma é uma doença inflamatória dos brônquios comumente associada a um quadro alérgico respiratório e predisposição genética, sendo comum encontrar pessoas na família com quadro semelhante. O pulmão de uma pessoa acometida por asma é altamente sensível e pode desenvolver ataques de broncoespasmo sempre que exposto a certos estímulos ambientais, como:

  • Fumaça;
  • Pelo de cão e gato;
  • Pólen;
  • Ácaros (poeira);
  • Mofo;
  • Ar frio.

Uma crise de asma é a consequência da inflamação das vias aéreas pulmonares, provocada pelos mesmos agentes que ocorrem nos processos alérgicos.

A reação inflamatória faz com que os brônquios fiquem inchados e se contraiam, dificultando a passagem de ar durante o processo de respiração. O broncoespasmo, como é conhecida a reação, pode ser revertido espontaneamente com o decorrer do tempo ou com medicamentos (broncodiltadores).

Por falar nisso, os remédios para asma têm evoluído muito. Os mais recentes já não causam efeitos colaterais, ao contrário do que muitas pessoas pensam. São extremamente seguros e eficazes, sendo a via respiratória através de dispositivos inalatórios como a “bombinha” sempre a melhor escolha. Entretanto, para casos mais graves hoje em dia dispomos de novos tratamentos que agem diretamente no tipo específico de inflamação de cada paciente, garantindo o que chamamos de medicina personalizada.

Ademais, vale lembrar que a asma não é uma doença progressiva – diferentemente da bronquite – e pode ser totalmente controlada ao longo do tempo com o tratamento adequado.

Quais são os principais sintomas da asma?

Entre os sintomas mais frequentes da doença, podemos citar os principais como:

  • Chiado no peito;
  • Tosse seca;
  • Falta de ar;
  • Opressão no peito;
  • Dificuldade para realizar atividade física.

Lembrando, ainda, que gripes e resfriados costumam agravar o quadro de asma.

Bronquite

É o processo de inflamação transitória das vias aéreas, provocado geralmente por uma infecção de origem viral nos casos agudos – como uma gripe, por exemplo.

O sintoma mais comum da bronquite é uma tosse persistente – que pode ser seca ou com expectoração – com duração de até 20 dias. Não é comum ocorrer febre, o que é importante para distinguir o quadro de outras infecções do pulmão, como uma pneumonia, por exemplo.

Pode acontecer de alguns pacientes terem chiado no peito pelo broncoespasmo – mas com menos intensidade do que na asma e facilmente identificados pelo exame físico do tórax do paciente.

É importante mencionar, ainda, que a bronquite pode ser considerada crônica quando dura por três meses ou mais. Nesse caso existe uma agressão constante que irrita as vias aéreas como comumente percebemos nos pacientes tabagistas. O paciente apresenta tosse crônica produtiva geralmente acompanhada de secreção clara ou amarelada e queixa de pigarro. O principal tratamento é parar de fumar, inclusive porque esses pacientes estão sob risco aumentado de desenvolver complicações pulmonares como a doença pulmonar obstrutiva crônica.

Divergências entre asma e bronquite aguda

Enquanto a bronquite aguda é, em geral, um quadro isolado na vida do paciente, tendo  a tosse como o principal sintoma, a asma apresenta um quadro crônico, com períodos que intercalam crise e melhora – a respiração difícil e o chiado no peito são sintomas importantes.

Um sinal bastante característico da asma é o sibilo durante a expiração, já que o ar apresenta mais dificuldade para sair dos pulmões em decorrência da via aérea mais estreitada.

Por fim, a crise de asma pode ser desencadeada por uma infecção respiratória viral, assim como a bronquite aguda – mas com a diferença de que a bronquite não surge espontaneamente após o contato com estímulos simples, como pólen ou poeira.

Para que ocorra um tratamento adequado é muito importante conhecer as diferenças entre asma e bronquite .

Gostou do nosso artigo sobre o que é asma e como ela se diferencia de outras doenças respiratórias como a bronquite? Quer continuar recebendo conteúdos como este todas as semanas? Então, não deixe de acompanhar o nosso blog. Até a próxima!

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