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Conheça os tipos mais comuns de Pneumonia

Clínica CDRA • 9 de abril de 2019

A pneumonia é uma das afecções que podem acometer os pulmões. Ela afeta a região dos alvéolos pulmonares, onde as ramificações terminais dos brônquios desembocam.

 

Entre os principais sintomas da doença estão a falta de ar ou dificuldade para respirar, a tosse seca ou com catarro (de cor amarelada ou esverdeada), a febre alta, acima de 38° C e a dor torácica que tende a piorar quando o paciente respira fundo. 

 

Estima-se que a doença cause 1,6 milhões de mortes no mundo. Segundo um levantamento realizado pelo governo federal, a pneumonia é responsável por mais de 200 mil internações no Sistema Único de Saúde (SUS).

 

O que muitas pessoas não sabem é que existem diversos tipos de pneumonia, que variam de acordo com o agente causador. 

 

Neste conteúdo, informaremos os seus tipos mais comuns, como a doença se manifesta, como pode ser diagnosticada e, principalmente, tratada.


Boa leitura!

Como a pneumonia é provocada?

As pneumonias são provocadas por reações alérgicas ou pela penetração de um agente irritante ou infeccioso, como fungos, vírus e bactérias, no espaço alveolar – onde acontece a troca gasosa. Como sua função é justamente impedir o contato do ar com o sangue, é importante que este local esteja sempre muito limpo.

 

É importante lembrar que estamos inalando inúmeros microorganismos a cada respiração e um sistema imunológico adequado é essencial para mantermos a segurança do aparelho respiratório. 

 

Os agentes infecciosos da pneumonia não costumam ser transmitidos facilmente, diferentemente do vírus da gripe e coronavírus, que é altamente infectante, por exemplo. Isso significa que não é preciso isolar o paciente com pneumonia bacteriana para evitar que outras pessoas sejam contaminadas. 

 

Uma curiosidade é que uma gripe, principalmente se mal curada, pode se transformar em uma pneumonia bacteriana. Isso porque o vírus causador da gripe pode invadir o pulmão, comprometendo seus mecanismos de defesa. Desta forma, a pessoa fica mais vulnerável a ação de bactérias que podem iniciar um novo quadro infeccioso sobreposto ao quadro viral. 

Quais são os tipos de pneumonia?

Existem 4 tipos de pneumonia que podem afetar o organismo das pessoas. São eles:

1. Pneumonia viral

É uma infecção causada por vírus e que se instala nos pulmões, podendo afetar a região dos alvéolos pulmonares. Diversos vírus respiratórios podem causar um quadro clínico mais grave do que um resfriado ou gripe. Os mais comuns são influenza, coronavírus, parainfluenza, adenovírus e vírus sincicial respiratório. 

2. Pneumonia bacteriana

É o tipo mais comum da doença. Ela pode ser causada por bactérias inaladas ou presentes no próprio organismo, em locais como:

  • Garganta;
  • Boca;
  • Nariz;
  • Sistema digestivo;
  • Pele.
Como já estão instaladas, podem acarretar em uma pneumonia quando a imunidade cai. Entre os agentes mais frequentes das pneumonias bacterianas, destacam-se as bactérias que vivem no nosso sistema respiratório

3. Pneumonia química

Diferentemente dos tipos de pneumonia mais conhecidos, a pneumonite química, como também é conhecida, não é causada por bactérias ou vírus. Mas sim, pela inalação de substâncias agressivas ao pulmão, como: 

  • Agrotóxicos;
  • Fumaça, como por exemplo o vapor de cigarros eletrônicos;
  • Poluição;
  • Produtos químicos em geral.

Essas substâncias vão parar nos pulmões, causando inflamação nas vias aéreas e nos alvéolos - pequenas estruturas que transportam o oxigênio para o sangue. Esse tipo de inflamação pulmonar facilita a ação de bactérias, permitindo que a doença evolua para uma pneumonia bacteriana sobreposta.

4. Pneumonia fúngica

É uma doença causada por fungos. Apesar de ser o tipo de pneumonia mais raro, tem o potencial de ser bastante agressivo. Ocorre com mais frequência em pessoas imunodeprimidas ou com doenças crônicas, como é o caso de pacientes oncológicos ou infectados pelo vírus do HIV.

Quais são os principais sintomas da pneumonia?

Entre os variados sintomas da pneumonia, destacam-se:

  • Mal-estar generalizado;
  • Febre
  • Dor no peito;
  • Falta de ar ou dificuldade para respirar;
  • Tosse seca ou com catarro amarelado ou esverdeado;
  • Prostração (fraqueza);
  • Náuseas e vômito;
  • Suores intensos, principalmente à noite.

Contudo, apesar desses sintomas serem mais comuns em adultos, podem ocorrer de forma diferente em crianças e idosos. 

 

As manifestações da doença em crianças costumam ser:

  • Respiração ruidosa;
  • Respiração acelerada;
  • Dor abdominal;
  • Perda de apetite e recusa alimentar.

Ainda assim, muitas vezes a criança pode apresentar os sintomas de forma isolada, como apenas tosse ou aceleração da respiração.

 

No caso do tipo de pneumonia viral, que normalmente surge após uma gripe comum, podem ocorrer sintomas como:

  • Coriza;
  • Dor de garganta;
  • Espirros;
  • Dor de ouvido;
  • Dor de cabeça;
  • Dores no corpo.

Já os sintomas de pneumonia em idosos, que geralmente associados a outros problemas de saúde, podem variar um pouco. A febre muitas vezes não está presente nos quadros de pneumonias em idoso e podem surgir alguns sinais comportamentais, como:

  • Perda aguda de memória;
  • Confusão mental;
  • Desorientação aguda em relação a tempo e espaço.

Como obter o diagnóstico de um dos tipos de pneumonia?

Para determinar a ocorrência de pneumonia, o médico faz perguntas sobre o histórico do paciente e realiza um exame físico, ouvindo os pulmões com um estetoscópio para averiguar se existem sons que sugiram a existência dessa condição.

 

Caso haja suspeita, o médico poderá recomendar os seguintes testes para comprovar o diagnóstico da doença:

  • Raio X ou Tomografia computadorizada do tórax: Permite determinar a localização e extensão da infecção. Porém, não poderá informar sobre o tipo de agente que a causa;
  • Exames de sangue: Usados para confirmar se há uma infecção e para tentar identificar o tipo de agente infeccioso que acomete o organismo do paciente;
  • Teste de catarro: Uma amostra de fluído dos pulmões é tomada depois de uma tosse profunda. Ela é levada para análise, ajudando a identificar o agente causador da infecção. Só deve ser solicitado em casos graves ou pacientes com fatores de risco para microorganismos multi-resistentes
  • Oximetria de pulso: Exame que mede o nível de oxigênio no sangue, já que a pneumonia evita que os pulmões movam a quantidade suficiente para a corrente sanguínea. A oxigenação reduzida pode ser um sinal de alerta e aponta para necessidade de internação hospitalar. 

Como tratar a pneumonia?

Geralmente, o tratamento da pneumonia consiste no uso de antimicrobianos a depender da sua causa e é possível reparar melhora dos sintomas em 3 a 4 dias. Atualmente, existem diversos medicamentos antivirais, antifúngicos e antibacterianos (antibióticos) que deverão ser prescritos pelo médico após uma adequada avaliação do caso clínico. Nos casos de pneumonia química, o tratamento de suporte é o mais importante. Em alguns pacientes medicamentos anti-inflamatórios podem ser prescritos. 
Pacientes idosos ou que apresentam febre alta podem precisar de internação hospitalar. Isso também é comum quando há alterações clínicas significativas decorrente da doença, como:
  • Comprometimento da função dos rins e da pressão arterial;
  • Dificuldade respiratória devido ao excesso de secreção nos alvéolos, que está levando à baixa oxigenação do sangue.
Assim como diversas doenças respiratórias, é possível prevenir a ocorrência dos tipos de pneumonia. Confira algumas dicas!
  • Vacinação contra influenza e pneumococo;
  • Não fume e não beba exageradamente;
  • Mantenha o ar-condicionado sempre higienizado;
  • Não se exponha a mudanças bruscas de temperatura;
  • Higienize as mãos com sabão ou álcool em gel 70º;
  • Evite ambientes fechados e aglomerações;
  • Cubra o nariz e a boca ao tossir ou espirrar;
  • Mantenha seu sistema imunológico fortalecido.

Procure ajuda médica!

Caso você apresente os sintomas de pneumonia, procure imediatamente o atendimento médico para realizar o diagnóstico precoce da doença e, assim, diminuir os riscos de complicações.  
 
É importante destacar que o diagnóstico errado pode prejudicar muito a vida do paciente – influenciando totalmente em sua qualidade de vida. Entretanto, além da pneumonia ser facilmente evitável, se o diagnóstico for feito corretamente a doença pode ser tratada com facilidade.
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O nosso artigo sobre os tipos mais comuns de pneumonia, como ela se manifesta e como diagnosticar a doença foi útil para você? Quer receber mais conteúdos como este? Então, não deixe de acompanhar as novidades que postamos em nosso blog! Até a próxima.
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