A COVID-19 é uma doença respiratória que veio para ficar.
O vírus vem causando muito estrago ao longo dos últimos anos, no entanto, atualmente estamos vivendo uma retomada da vida normal com o aparecimento de uma nova variante, a
Ômicron.
A primeira recomendação é a mais batida e a mais importante: tenha sua
vacinação atualizada.
Os estudos já mostram que a vacinação
reduz a gravidade da COVID-19, e esse é um dado muito claro para nós que estamos na linha de frente na luta contra essa doença:
vacinados têm menor chance de enfrentar um quadro grave quando comparado aos não vacinados.
Até o momento nenhum dos nossos pacientes com esquema vacinal completo e que eventualmente contraíram a COVID tiveram o quadro grave da doença, e temos vários pacientes com muitos fatores de risco.
O segundo ponto importante é entender como a COVID é transmitida, assim conseguimos bloquear de maneira eficaz a contaminação. Há 2 principais formas de contágio:
pela respiração
(ou pelo ar)
e por gotículas.
Essa já é considerada a principal forma de transmissão da doença, onde a pessoa contaminada elimina vírus durante a respiração.
Nesse tipo de contágio, as pessoas precisam ficar durante alguns minutos em um mesmo ambiente pouco ventilado, compartilhando o ar contaminado, e podem até estarem afastadas por alguns metros.
Esse tipo de transmissão já foi muito bem documentada em
restaurantes, por exemplo, onde pessoas de mesas diferentes do doente foram contaminadas pelo novo coronavírus.
A outra forma de transmissão ocorre através das gotículas de saliva ou secreção nasal, que expelimos por curtas distâncias ao falarmos, rirmos, gritarmos, espirrarmos ou cantarmos.
Para esse tipo de contaminação é necessário apenas um contato breve de alguma mucosa com a
gotícula infectada.
Em decorrência desse mecanismo de contaminação que recomendamos o distanciamento social e uso de máscaras e proteção ocular.
As gotículas também podem contaminar
superfícies ou objetos
(também conhecidos como fômites), e ao tocarmos na área contaminada e levarmos a mão a alguma mucosa podemos nos infectar, mas esse tipo de contágio é muito raro.
O primeiro ponto é escolher o local onde vai viajar.
Se estiver sozinho, dê preferência para a
janela, pois o contato com outras pessoas é menor. Se o meio de transporte não estiver cheio, tente ficar em uma fileira com o menor número de pessoas possíveis.
É muito comum diálogos com parceiros de fileira, mas em tempos de pandemia essa prática
não é recomendada, dado que a fala é uma das principais produtoras de aerossol e gotícula.
Além disso, é importante evitar conversas, especialmente nos momentos de refeição, onde ambos estarão desprotegidos, sem usar máscara. Se forem trajetos muito longos, com refeição, tente comer depois que seu colega de fileira terminou e já recolocou a máscara.
Caso a viagem seja de ônibus,
mantenha a janela aberta durante todo o trajeto, mesmo que o clima esteja frio. A
renovação de ar é uma das maiores armas contra a COVID que possuímos. Ar condicionado também pode ajudar. Lembrem-se, a
COVID não é transmitida pelo frio, mas por aerossol ou gotículas de pessoas contaminadas.
Por fim, mesmo que raro, o contágio através de materiais contaminados pode ocorrer. Para isso recomendamos a
higiene frequente das mãos
e
evitar tocar no rosto
com as mãos sem terem sido descontaminadas.
A maior arma que temos contra a COVID são as máscaras. Sempre a use adequadamente, cobrindo o nariz e a boca. Óculos de proteção podem ajudar, mas são menos relevantes quando todos estão usando máscara.
As máscaras de pano
não são recomendadas como forma adequada de proteção, pois ficam úmidas mais facilmente e podem abrigar vírus nesta umidade.
As máscaras cirúrgicas são adequadas para ambientes mais abertos, ventilados e pouco aglomerados, locais onde a transmissão por gotículas é a mais importante.
Entretanto, a transmissão em aviões e ônibus está mais relacionada com aerossóis, de forma que a estratégia para esses casos precisa ser mais rígida. Nesses casos, a forma mais eficaz de evitar o contágio é usar máscaras
N95 (ou PFF2)
e retirá-las por curtos períodos de tempo, em torno de 15 minutos.
Se forem percursos curtos, recomendamos que alimentem-se e hidratem-se bem antes de viajar, para que não seja necessário retirar a máscara em momento algum durante o trajeto.
Por fim, recomendamos comprar uma máscara confortável e testá-la antes da viagem, para ver se consegue ficar com ela durante várias horas.
Essa nova onda tem se mostrado mais leve do que as outras, tanto pela variante ser menos agressiva quanto pela vacinação avançada, mas mesmo assim, existem casos graves que necessitam de internação.
Fazer o máximo para evitar o contágio é muito importante, e nisto o conhecimento do mecanismo de transmissão é essencial para recomendarmos a melhor abordagem quando estivermos em contato com potenciais transmissores.
Por isso, reforçamos a necessidade da
vacinação atualizada, uso
correto de máscara N95 (cobrindo nariz e boca) e evitar tirá-la durante o trajeto.
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